Mobilização Professores

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quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Governo do PSDB em SP começa sem perspectiva de valorizar professores

Educadores da rede estadual têm a menor média salarial entre as categorias com ensino superior; para equiparação com o Plano Nacional de Educação seria necessário um aumento de 75,33% por Maria Izabel Azevedo Noronha* publicado 19/01/2015 10:44, última modificação 19/01/2015 12:00 A2 FOTOGRAFIA / DIVULGAÇÃO rede estadual.jpg Professora em sala de aula: direitos inalienáveis são desrespeitados, como o pagamento de férias São Paulo – Os professores estaduais começam 2015 em insegurança e sem perspectivas de reajuste salarial. Ao mesmo tempo, o secretário estadual da Educação diz que o governo “tem como foco valorizar os professores que atuam diretamente na rotina das escolas.” Não há valorização dos professores na rede estadual de ensino. Não há previsão de reajuste salarial para a nossa categoria, que vem acumulando perdas salariais sem que o Estado desenvolva uma política de recuperação do poder de compra de nossos salários, por meio de reposição salarial e aumento real. Entre as categorias com formação de nível superior no estado de São Paulo temos a menor média salarial. Para a equiparação salarial prevista na meta 17 do Plano Nacional de Educação, necessitamos de um aumento de 75,33%, mas o governo que diz valorizar os professores não abre negociação em torno de nossa reivindicação. Direitos inalienáveis são desrespeitados, como o pagamento de férias aos professores. Primeiro, o Governo Estadual dividiu as férias em dois períodos, dividindo também o pagamento de um terço sobre o salário. Mesmo esse valor, dividido, não é pago aos professores em licença médica (causada pelas péssimas condições de trabalho, assédio moral, violência nas escolas e outros fatores). Por isso, a Apeoesp está ajuizando ações judiciais para os que estão sendo prejudicados. Classes do ensino médio noturno estão sendo fechadas em diversas regiões do estado, prejudicando os estudantes que trabalham, sobretudo nas unidades que o governo quer transformar em escolas de tempo integral, um modelo imposto de cima para baixo e que prejudica professores e estudantes, sem melhorar a qualidade do ensino. Os professores da chamada categoria “O” (temporários) tem péssimos contratos e sofrem desemprego de 200 dias, por força de uma lei absurda imposta pelo Governo Estadual, que também extinguiu a função de Professor Coordenador de Apoio à Gestão Pedagógica (PCAGP), deixando claro seu descompromisso com o trabalho das equipes escolares e com a qualidade de ensino. O projeto de Professor Auxiliar, importante para o trabalho de apoio à recuperação da aprendizagem dos alunos, está sendo colocado em xeque pela Secretaria da Educação, embora tenha sido recentemente criado. Como se vê, o discurso de prioridade para a educação e valorização dos professores, que tão facilmente sai da boca dos governantes do estado de São Paulo, não passa de uma ilusão. O governo do PSDB gastou grandes somas de recursos em projetos eleitoreiros, deixando mais uma vez a educação estadual em segundo plano. Por tudo isso, vamos à greve em 2015 se não houver negociação verdadeira e a apresentação de propostas concretas para nossas necessidades e reivindicações.

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